Dos 424 jogos como jogador do Atlético-MG a 200 dias como diretor de futebol do clube: Victor Bagy mudou de função no dia a dia atleticano e ganhou um novo olhar do torcedor. Passou por um processo de transição como gerente e, hoje, é figura importante do departamento de futebol.
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O peso de ser ídolo histórico como atleta o acompanha. E ele sabe disso. A mudança no tipo de trabalho, mais toda a preparação para virar gestor, foi detalhada ao ge.
— Muito se questiona o fato de eu estar aqui por ser um ex-atleta do clube. Acho que isso também me ajudou bastante no sentido de me dar o conhecimento do dia a dia, da cultura do futebol do clube, mas também houve uma preparação para que eu pudesse chegar até aqui. Já disse em outras oportunidades e reforço: desde a minha juventude, eu sempre visei ter uma formação acadêmica. Sou formado em educação física, fiz cursos de gestão na área de futebol, curso de executivo de futebol também pela CBF.
— Essa escola (período com o Rodrigo Caetano) foi muito importante no sentido de adquirir experiência e viver a função mais de perto e todas as suas nuances. Posso garantir que é algo muito intenso, no qual a gente vive um ambiente sempre bastante imprevisível. A rotina é sempre incerta por demandas e situações que acontecem no dia a dia, mas é gratificante a partir do momento que você obteve resultados.
"É bem diferente em relação à parte atlética. Mas, como falei, é gratificante e é um grande desafio e eu sempre fui movido a desafios e quando sou desafiado sempre me sinto muito motivado a fazer sempre algo melhor."
Tomada de decisão: o papel do departamento, do CIGA e do comitê
Bagy está na linha de frente do departamento de futebol. Tem Pedro Moreira como gerente ao seu lado. Mas as decisões envolvendo saídas e chegadas passam por mais nomes.
Quem participa primeiro do processo é o CIGA — Centro de Informação do Galo. É responsável por analisar de forma qualitativa e quantitativa. Fornece dados para embasar nas decisões do clube.
Outra parte do processo é o comitê do futebol. Hoje, ele é formado por Victor Bagy (diretor de futebol), Bruno Muzzi (CEO), Renato (Salvador), Ricardo (Guimarães) e Rafael (Menin).
— As decisões são sempre muito compartilhadas e deliberadas, não existe decisão comunicada ou feita a partir de opinião de apenas minha ou de apenas uma pessoa. Tudo é conversado de forma coletiva, dentro do colegiado que temos. Isso faz com que as escolhas sempre sejam mais assertivas e as responsabilidades sejam divididas. Isso é importante.
Você sabe o que vai acontecer dentro de metas financeiras, de planejamento de elenco. Nunca as decisões são tomadas de forma aleatória, sempre pensando na sustentabilidade do projeto, seja uma sustentabilidade esportiva, seja também uma sustentabilidade financeira. É um projeto de longo prazo para que a cada vez, a cada dia, o Galo se torne cada vez mais forte dentro do futebol e dentro do cenário esportivo.
Gestão do elenco
Neste período, o diretor precisou lidar com situações mais quentes de dia a dia. Durante o período da Copa América — as ausências por lesões e convocações abriram um espaço para perguntas a respeito da montagem do elenco.
Na época, Bagy defendeu a montagem do elenco e o trabalho realizado pelo clube.
— Não é momento para fazer caças às bruxas, apontar culpados. É momento de trabalhar e buscar e evoluir. É saber que teremos retornos importantes, que devem nos fortalecer.
Agora, o Atlético vive o momento mais decisivo na temporada. Reta final de Brasileiro e quartas de final de Conmebol Libertadores e Copa do Brasil.
— Sabemos que esse mês será um mês decisivo, importante, de jogos eliminatórios, grandes jogos, mas são jogos que todos os jogadores gostam de participar, de grande visibilidade, grande exposição Em relação ao Brasileiro, como eu falei, sabemos que temos que evoluir também e para isso temos um elenco também para poder suprir eventuais perdas.
"Sabemos que é um elenco equilibrado e tem condições de poder se manter forte em todas as competições que disputa."
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