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Por Redação do ge — Campinas, SP


O Guarani está mexendo as peças com o trem em movimento na luta contra o rebaixamento da Série B. A equipe chegou a 11 contratações na janela de transferências que encerrou na segunda-feira. Apesar de um elenco com 25 jogadores de linha, o executivo de futebol Rodrigo Pastana afirma que ainda procura por um zagueiro e um atacante de ponta.

Rodrigo Pastana, executivo de futebol — Foto: Reprodução TV Guarani

O profissional, que retornou ao clube no início de julho, com a missão de tirar o time da zona de rebaixamento da Série B, explica que busca profissionais que estão livres no mercado da bola.

- Os resultados positivos fazem com que voltemos a acreditar numa saída de rebaixamento. A janela fecha para jogadores que tinham contratos com outras equipes, mas não para atletas livre. Queremos contratar mais duas ou três peças para a formação desse elenco até 20 de setembro. Seriam novidades que estão livres no mercado.

O Guarani está na lanterna do campeonato, com 18 pontos. Apesar de viver o melhor momento da temporada, com três vitórias em cinco jogos, a equipe está a sete pontos de sair da zona de rebaixamento.

O regulamento da Série B diz: Art. 6, parágrafo 1º – os clubes poderão inscrever um número máximo de 50 (cinquenta) atletas até o dia 09/09/2024, podendo substituir no máximo 8 (oito) atletas até o dia 20/09/2024, dentre os anteriormente inscritos.

O executivo de futebol mostra preocupação com o exaustivo calendário do futebol brasileiro, ou seja, para o Guarani se manter guerreiro na briga para escapar da degola necessita de mais alguns atletas.

- Temos mais três meses de campeonato. O calendário é muito duro, tem até três jogos na semana. Então há possibilidade de trazermos mais um zagueiro e um extremo, visto que o Marlon, foi contratado como extremo, mas vem jogando bem por dentro, uma grata surpresa. Fez gol contra a Chapecoense e deu assistência no jogo seguinte. Então se encontrarmos a oportunidade de mais um extremo, vamos atrás.

O Guarani contratou um time inteiro de reforços nesta janela, confira os 11 que chegaram: Marlon Maranhão (ATA), Matheus Salustiano (ZAG), Renê Santos (ZAG), Pacheco;(LAT), Daniel dos Anjos (ATA), Gabriel Bispo (VOL), Estevão (MEI), Bruno Gonçalves (ZAG), Lohan (ATA), Pierre (VOL) e Emerson (LAT).

Lohan, atacante do Guarani — Foto: Raphael Silvestre/GuaraniFC

- A troca do Pintado pelo Allan Aal faz parte dessa construção de um modelo de jogo diferente. Acho que quem precisa sair dessa zona, não pode só se preocupar em não perder, mas precisa ganhar também. Tudo isso vai de encontro ao modelo aplicado pelo Allan. Hoje nós damos mais opções ao treinador para esse tipo de jogo. Marlon Maranhão, Estevão, com Emerson, Pierre e Lohan. Lohan é um centroavante de área mesmo, uma característica que a gente não tinha nem com o Daniel dos Anjos e nem com o Lucas Paraízo - comenta Rodrigo Pastana.

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Dificuldades de contratação por conta da posição de lanterna da Série B

- Não tive dificuldade para contratar. Temos que ter o entendimento do atleta que é o perfil do clube e na minha opinião, o perfil era de jogadores com fome, jogadores que realmente queiram usar a vitrine do Guarani, melhorar desempenho, quer visibilidade para a carreira. Todas as ligações que fiz foram bem recebidas. Teve duas contratações que não conseguimos por valores, mas o mercado é assim. Existe uma competição interna sobre valores que está passando dos limites. As coisas estão ficando muito para a Lei Pelé, para o agente, para o atleta e os clubes estão cada vez com mais dificuldades financeiras. Temos que respeitar o nosso orçamento.

Calendário futebol brasileiro

- Nosso calendário tem sessenta, sessenta e quatro jogos no ano, sem contar os clubes que tem Libertadores, Sul-Americana. Argumentam que tem mais dinheiro, mais vitrine, mais dinheiro. Estamos acabando com o futebol brasileiro. O que importa é evoluir com o treino. Você não evolui só com jogo. Estamos tendo jogo, jogo, jogo e pouco treino. Infelizmente quem está lá em cima não enxerga isso e como se diz seguimos o baile. O futebol brasileiro está pagando pelos próprios erros.

Aproveitamento da base

- Muito se fala sobre a base. Acho que ela precisa ter um calendário, planejamento e formação melhores. Formação pra mim é sub-15 e sub- 17. Sub-20 se torna transição. E na transição, ou está pronto ou não está. Aqui não é lugar de teste. O Vinícius, por exemplo, foi colocado em uma roubada. Escalado como lateral, onde nunca tinha jogado. Cumpriu o papel dele, mas então voltou a jogar na posição dele no sub- 20. A base nos ajudou em transição ou em uma falta de atleta, é para isso, e voltaram ao Sub-20.

As dispensas

- Meu papel é construir o que ainda não tinha sido bem edificado. A gente começa pela contratação feita pelo Toninho de cinco reforços. Infelizmente dois deles não foram tão felizes e acabaram saindo. O Léo saiu por uma vontade própria de jogar na Europa. Ele ficou marcado por alguns lances e preferimos a venda. Lucas Paraízo é uma experiência nova para ele em Portugal. É um atleta do Guarani, mas que não vem de uma formação aqui. Ele vai terminar a formação lá. E a metodologia portuguesa é muito boa nisso. Ele vai voltar com outra visão sobre o que é o futebol. O Guarani procurou ser correto com os que o serviram.

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