Os gols perdidos pelo Vitória na derrota por 1 a 0 diante do Vasco foram assunto na entrevista coletiva de Thiago Carpini. O treinador avaliou que o Rubro-Negro fez um bom jogo e citou as chances criadas para defender o ponto de vista. Ao falar das finalizações erradas, lamentou que "algumas coisas fogem do controle" [assista aos melhores momentos no vídeo abaixo].
Vitória 0 x 1 Vasco | Melhores momentos | 25ª rodada | Brasileirão 2024
"Hoje a gente merecia a vitória, foram 22 finalizações, algumas coisas fogem do meu controle" , afirmou Thiago Carpini.
- Outro dado, estamos na sexta rodada do returno, vocês lembram quantos pontos o Vitória tinha no primeiro turno em seis rodadas? Um. Hoje temos sete. Nós temos um débito e tirar isso não é fácil. Eu vejo evoluções, mas também limitações no nosso elenco. Temos que reconhecer nossas limitações. Precisamos ter mais eficiência, foram muitas finalizações hoje, mas sem fazer o gol eu não consigo - completou o treinador.
Ainda ao analisar o jogo, o Carpini explicou porque optou por Carlos Eduardo como titular e Janderson ao longo da partida, enquanto Jean Mota seguiu no banco de reservas. O treinador aproveitou para defender o elenco que tem à disposição.
- Nenhum atleta que está aqui está descartado. Todos estão trabalhando muito e buscando oportunidades. A opção é também pelo que a gente vê do adversário, tentar encontrar os espaços e alternativas dentro do jogo onde a gente pode ser mais eficiente. Um jogador de meio hoje não me daria profundidade e enfrentamentos como Carlos Eduardo e Osvaldo. Acho que não era um jogo para o Jean Mota, e foi o que aconteceu, porque fizemos um bom jogo, mesmo sem o resultado - resumiu.
- Eu estou muito contente com o que eu tenho, com o ambiente que construímos no Vitória. Só não estamos mais felizes porque alguns erros básicos estão incomodando um pouco. É difícil falar de permanência, mas vamos trabalhar com o que temos. Estou feliz com os atletas. Pode ser que falte alguma coisa, mas vamos seguir trabalhando e entregar para o torcedor disposição e competitividade.
A derrota para o Vasco fez o Vitória perder uma posição e agora o Leão é o 18º colocado, com 22 pontos. São cinco a menos que o Fluminense, primeiro time fora da zona de rebaixamento.
- O torcedor, que ele siga nos apoiando e acreditando. Vai ser difícil, a luta vai ser grande. Vamos lutar pela sonhada permanência. O torcedor fica como nós, frustrado e chateado. O atleta fica ainda mais, porque sabe que fez um jogo para no mínimo pontuar.
O elenco rubro-negro tem uma folga no calendário e volta para campo no dia 14 de setembro (um sábado), quando visita o Atlético-GO pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida está marcada para o Estádio Antônio Accioly, onde a bola começa a rolar a partir das 16h (de Brasília).
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Thiago Carpini:
Parte mental
- Se tem uma coisa que esse grupo aprendeu a ser é cascudo. Eles estão tomando porrada o tempo todo. O campeonato está todo perto do Z-4. Eles estão com o mental muito forte, isso não vai interferir. A gente reconhece as nossas limitações e trabalha para evoluir. A evolução não está só no resultado. É isso que vai nos dar a sonhada permanência na Série A. As coisas ficam mais perto de acontecer quando você joga bem, compete, o Vitória é grande e tem tido postura de uma grande equipe. A gente criou oportunidades para fazer o gol.
Controle do jogo
- Talvez na sua opinião a culpa seja minha. Eu respeito. Você assistiu hoje Atlético-MG e Grêmio? Vou te falar como foi o jogo. Dois a zero para o Grêmio e um amasso no primeiro tempo. Terminou 3 a 2 para o Atlético. Não existe jogo onde um time joga melhor a partida inteira. O adversário foi mais eficiente. Não marcamos no primeiro tempo e trocamos momentos na segunda etapa. No momento das substituições não conseguimos manter o nível. Tem dias que acontecem, tem dias que não. A gente tem nossas limitações, nunca esquecemos isso. Ficamos 12 rodadas sem zagueiro e só se fala que o Vitória leva muito gol. Hoje o que faltou foi o gol. Foram cinco ou dez minutos do Vasco, e eles fizeram gol em uma bola parada.
Gols de bola aérea
- O Cruzeiro sim, gols de bola parada. Acho que temos sofrido gols, esse que é o grande problema. As cabeçadas do Veggetti não tiveram tanta direção e força. É o forte dele essa bola e trabalhamos isso.
Faltou camisa dez?
- Eu acho que a gente teve um volume muito bom, já falei sobre isso. Mesmo sem um dez articulador a gente conseguiu articular o jogo com Machado, com Willian Oliveira. Paramos a trocação do Vasco, que não era interessante para nós. Tivemos um controle mesmo sem um meia de ofício. Esse não foi o ponto principal da nossa derrota hoje. A gente tenta alternativas, tira o Alerrandro e coloca o Janderson. Eu vivo isso aqui, não sou torcedor.
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